Inês de Castro nasceu em 1320 ou 1325 e era filha natural de Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei Afonso XI de Castela, e de, Aldonça Lourenço de Valadares que era portuguesa. O seu pai, era um dos fidalgos mais poderosos do reino de Castela.
Em 1339 o príncipe Pedro, casou, herdeiro do trono português com Constança Manuel, Mas seria uma das aias de Constança, D. Inês de Castro, por quem D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e muito mal aceite pelo povo e própria corte.
O rei D. Afonso IV não aprovava esta relação, sob o pretexto da moralidade, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela, mas também devido à relação de amizade D. Pedro com os irmãos de D. Inês , Álvaro Pirez de Castro e Fernando de Castro. Os fidalgos da corte portuguesa, sentiam-se ameaçados pelos irmãos Castro, pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. Assim sendo, o rei mandou exilar em 1334, Inês no castelo de Alburquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês que, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência.
Constança morreu ao dar à luz, em Outubro do ano seguinte, o futuro rei Fernando I de Portugal. Pedro, ficando viúvo, mandou Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos em sua casa, situação que provocou grande escândalo na corte, para desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o rei e o infante.
O Rei seu pai tentou remediar a situação casando novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas Pedro rejeitou, alegando que não conseguia ainda pensar em novo casamento, porque sentia ainda muito a perda de sua mulher Constança. Entretanto, fruto dos seus amores, Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento destes veio agravar a situação: D. Afonso IV, durante o reinado de D. Dinis sentira-se em risco de ser preterido na sucessão ao trono devido aos filhos bastardos do seu pai. Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para os filhos de Inês de Castro.
Entretanto, o reino de Castela encontrava-se em grave agitação com a morte de Afonso XI e a impopularidade do reinado de D. Pedro I de Castela, cognominado o Cruel. Os irmãos de Inês sugeriram a Pedro que juntasse os reinos de Leão e Castela a Portugal, uma vez que o príncipe português era, por sua mãe, neto de D. Sancho IV de Castela. Em 1354 convenceram-no a pôr-se à frente da conjuração, na qual Pedro se proclamou pretendente às coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção enérgica de Afonso IV de Portugal que evitou que tal sucedesse. O rei mantinha uma linha de neutralidade, abstendo-se de intervir na política de outras nações, o que lhe permitia paz e respeito com os reinos vizinhos.
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